segunda-feira, 20 de junho de 2011

Discutindo sobre o Campo

Visa-se aqui debater e problematizar um local há muito posto de lado do cenário nacional e que historicamente se mostra, em meio a essas adversidades discriminatórias, forte o suficiente para permanecer existindo: o Campo.

Pode-se perceber o quanto questões e rótulos a ele dado ao longo da história agem como objeto de interferência na sua compreensão e problematização. Isso é importante, pois pode contribuir para a sua negação por parte dos próprios sujeitos que nele vivem.

Mesmo em meio às lutas, discussões e debates atuais sobre o Campo e sobre que tipo de educação deve ser ofertada a ele (ou não) nota-se que ainda é pouco se comparado e posto em relevância todo o percurso e processos históricos do Brasil. Sabendo que, o ‘Brasil’ formou-se a partir de atividades nitidamente agrícolas/campesinas, aliás, muitos países assim se formaram. Vemos que direcionar a atenção para esse local é muito mais que analisar números e fazer estatísticas, mas, apreendê-lo como algo intimamente ligado à formação e identidade do nosso país.

domingo, 19 de junho de 2011

Mais informações sobre o campo:

Alguns dados:

• Segundo o IBGE, censo 2000, 650 mil jovens trocaram o campo pela cidade.

• Atualmente 5,9 milhões de jovens entre 15 e 24 anos vivem no campo, sendo 1,8 milhões em situação de extrema pobreza.

• O Censo Escolar 2002, do Ministério da Educação e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), aponta que 94% dos estudantes do ensino médio residentes no campo freqüentam escolas urbanas.

• Dados do IBGE alertam que o ponto máximo de migração do meio rural para o urbano está entre 15 e 19 anos para as mulheres e 20 e 24 anos para os homens. Um dos problemas decorrentes desta situação é o envelhecimento do meio rural. Cerca de 24% dos agricultores têm mais de 60 anos.

• 22,8% dos adolescentes do campo estão fora da escola.

• Adolescentes da área rural têm quase quatro vezes mais possibilidade de ser analfabetos do que os da área urbana.

• 65,1 % dos estudantes rurais encontram-se em situação de defasagem idade/série, de acordo com os dados do MEC/INEP.

• Dados do INEP alertam para a baixa escolaridade dos professores do campo (apenas 9% são formados em universidades) e a baixa remuneração (o salário é quase metade em relação àqueles que trabalham em áreas urbanas).

• Segundo o Censo 2000 – IBGE, apenas 1,56% dos universitários do País eram jovens do campo, com idade entre 15 e 24 anos.

http://www.pime.org.br/missaojovem/mjjovensrural.htm, data de acesso 11 de março de 2010.